sábado, 30 de maio de 2009

Radioativo: Curiosidades

°Uma folha de papel interrompe a radiação alfa

°Uma folha de alumínio interrompe a radiação beta

°O chumbo contém qualquer tipo de emissão de radiação

°São necessários somente de 6 a 8 quilos de plutônio para construir uma bomba de alto poder de destruição!

Usinas nucleares

O que movimenta a turbina da usina nuclear é o vapor d'água. Nesse caso, o que muda é a forma de aquecimento, obtido a partir da fissão de átomos de urânio em um reator. As usinas nucleares são extremamente perigosas, por utilizarem fontes primárias radiativas de energia, e, em caso de acidente, os danos levam centenas ou milhares de anos para se dissipar.
Há países ( com destaque para a França, Alemanha, Suécia, Reino Unido, EUA, Canadá, Japão, Rússia, Ucrânia, etc) onde a produção de energia elétrica em usinas nucleares é elevada, devido ao esgotamento das possibilidades de produção hidrelétrica e à carência de combustíveis fósseis para a produção de energia em centrais termelétricas. Observe no gráfico que o custo comparativo do kW/h produzido em uma usina é menor que o obtido em usinas termelétricas que utilizam o carvão como fonte primária.
As usinas nucleares são uma forma de obtenção de energia elétrica típica de países desenvolvidos, já que o custo de instalação é elevado e a tecnologia incorporada ao processo é avançada.
Em caso de acidentes (como Chernobyl, na Ucrânia, e o de Three Mile Island, nos EUA), a radioatividade leva anos ou mesmo séculos para se dissipar. Ainda com relação aos danos ambientais, devemos considerar o problema do destino a ser dado ao lixo atômico.
No Brasil
O programa nuclear brasileiro teve início em 1969, quando o Brasil comprou a usina de Angra l da W.Westinghouse (EUA), com capacidade de produção de 626MW (5% da capacidade instalada de Itaipu), sem haver transferência de tecnologia. A usina foi instalada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis, sobre uma falha geológica, e foi apelidada de "vaga-lume", tal é a incidência de problemas técnicos que obrigam que ela seja desligada.
Em 1975, o Brasil assinou um acordo nuclear com a Alemanha, através da Siemens. Previa-se, inicialmente, a contrução de oito usinas, com transferência de tecnologia. Após consumir bilhões de dólares, apenas se iniciaram as obras de Angra ll e lll. Em 1993, a participação da usina de Angra l na produção nacional de energia elétrica foi nula.

A poluição radioativa

A poluição radioativa ocorre quando há o aumento dos níveis naturais de radiação através da utilização de elementos radioativos naturais ou artificiais.
O uso de radiação para os mais diversos fins tem se intensificado nas últimas décadas, uma vez que esta é uma poderosa fonte de energia. A radiação tem sido utilizada especialmente na medicina, engenharia cicil, indústria armamentista e espacial. Reatores nucleares são utilizados nas usinas nucleares para produção de energia elétrica e térmica.
Experiências com ogivas atômicas realizadas a vários anos geram grande quantidade de resíduos radioativos, os quais são transportados para a atmosfera e espalham-se pela superfície do planeta, no ar, água e solo, aumentando a radioatividade natural. Explosões nucleares experimentais como as realizadas pela França nos atóis do Indo-Pacífico (Bikini, Muroroa, etc), disponibilizam elevados índices de radiação residual no ambiente marinho, onde são feitos os testes. Mais de quinhentas explosões já foram detonadas nos oceanos, subsolos e na atmosfera nas últimas 3 décadas por países da Europa e dos EUA.
Tanto na fase de obtenção, purificação e concentração dos combustíveis nucleares (principalmente urânio e tório), como durante a fase de operação de usinas nucleares, grande quantidade de lixo radioativo é produzido. No resfriamento dos reatores utilizam-se água dos mares e rios, a qual é devolvida ao ambiente, contaminada pela radiação e aquecida (poluição térmica).
Com o aumento do número de reatores nucleares em uso no planeta, a crescente quantidade de resíduos radioativos oriundos dessa atividade já se encontram em situação alarmante. Muitos países recolhem seus resíduos radioativos em containers blindados, lançando-os no oceano, fora dos limites da plataforma continental, a milhares de metros de profundidade.
Assim como ocorrem com os pesticidas, poluição industrial e orgânica, os organismos também acumulam e concentram radioatividade nos seus tecidos, muitas vezes em níveis extremamente elevados.
No oceano as algas podem apresentar uma radioatividade de 1.000 a 5.000 vezes superior à da água circundante. Os animais que se alimentam dessas algas tendem a concentrar ainda mais tais substâncias. Os fatores de bioacumulação variam muito de acordo com o tipo de organismos e de substâncias envolvidas. Os maiores fatores de concentração biológica ocorrem em moluscos em contato com o Zinco 65, Manganês 54, Ferro 32 e Plutônio, podendo atingir a cifra de 10.000 vezes.
A radiação natural na superfície da Terra está em torno de 100 a 150 mrem (unidade de medida da radiação) por ano, concentração esta considerada inofensiva para o homem, que pode suportar sem perigo aparente até 1000mrem por ano.
Os oceanos também possuem sua radioatividade natural, gerada principalmente por compostos radioativos como o potássio 40 e o rubídio 87, além dos compostos originados urânio e tório. Nos armamentos nucleares, a fissão e a fusão nuclear gera mais de 200 subprodutos radioativos, cujos efeitos são diversos.

Os perigos da radiação

A radiação danifica os tecidos vivos, de modo que as pessoas que trabalham com material radioativo devem se proteger. Os raios alfa e beta são absorvidos mais facilmente, mas os raios gama são muito mais penetrantes. Os elementos de núcleo atômico alto absorvem melhor os raios gama, em comparação com os de baixo número atômico. A radiação em excesso pode causar câncer, a multiplicação acelerada e desenfreada de células de certas regiões do corpo. Os efeitos biológicos da radiação são diversos, entre eles o desenvolvimento de tumores, leucemia, queda de cabelo, redução na espectativa de vida, indução à mutações genéticas, malformações fetais, lesões de pele, olhos, glândulas e órgãos do sistema reprodutivo.

Radioatividade: A descoberta

Em 1885, o cientista alemão Wehleem Konrad Röentgen constatou, pela primeira vez, a existência de certa radiação que, como a luz, era capaz de sensibilizar chapas fotográficas e provocar fluorescência em certas substâncias. A esta radiação Röentgen deu o nome de raio x, por ainda desconhecer sua origem e características. O físico francês Henri C. Becquerel descobriu em 1896 que os raios x eram emitidos por toda substância fluorescente. Para isso, ele utilizou um composto de urânio, o sulfato duplo de potássio e uranila. Após expô-lo ao sol, verificou que era capaz de impressionar uma chapa fotográfica envolvida por um papel negro. Becquerel concluiu depois que a substância impressionava a chapa mesmo sem ter sido exposta à luz. Becquerel recebeu o prêmio Nobel de Física de 1903 pela descoberta da radioatividade natural.
Em 1898, o casal Pierre e Marie Curie descobriu um elemento 400 vezes mais radioativo que o urânio: eles obtiveram êxito em separar 1 grama de uma substância radioativa, a partir de 1 tonelada de minério. Essa substância ficou conhecida como polônio, em homenagem a Marie, que era polonesa. Chegaram ainda à um elemento mais radioativo: o rádio.
Em 1938, o físico germano-americano HansAlbrecht Bethe lançou a hipótese bastante aceita de que a energia liberada pelas estrelas provém de reações de fusão nuclear.

Residuos:Radioativos

formado em sua maior parte em Usina Nucleares como a de Angra I e II, mas também pode ser formado em industrias de tecnologia, centros de pesquisas físicas e industrias de aparelhos que utilizam material nuclear como as maquinas de raio X. O lixo radioativo ou nuclear como também é conhecido é resultado da manipulação de materiais radioativos, assim luvas, roupas, ferramentas, peças e outros objetos que são usados em locais radioativos devem ser recolhidos, porque se contaminam com a radiação. De um modo geral ele são armazenados em tambores e lacrados, esse tambores devem ser guardado em locais com vigilância constante e que tenham sua radiação monitorada. Ele também pode ser estocado como liquido concentrado em tanques de aço inoxidável, rodeado por concreto. O lixo nuclear mais perigoso é transformado em blocos de gelo. E esse blocos devem ser estocados em minas profundas sob o solo. Em alguns países como os Estados Unidos o lixo e armazenado em túneis profundos localizados no deserto. Os principais problemas do lixo radioativo e que ele permanece contaminado por um longo período, podendo chegar até mais de 100 mil anos; ele também representa um constante risco, pois caso haja um vazamento a radiação pode causa graves problemas de saúde nas pessoas que forem expostas, como o queimaduras, câncer, mal formação de crianças e dependendo do grau de radiação levar a morte. Contudo o lixo nuclear continua sendo produzido todos os anos, e cada vez mais, enquanto isso os depósitos em alguns países ainda são precários e falta lugar para armazenar esse material. Somente a criação de políticas serias que restrinjam o uso de material radioativo e determine normas rígidas poderá impedir a multiplicação de depósitos de lixo radioativo, visto que não ainda não existem maios eficazes para seu tratamento.
Hoje o lixo nuclear menos radioativo é armazenado em tambores
lacrados que ficam guardados em depósitos.

Lixo nuclear com maior carga radioativa é armazenado
em tanques de aço inoxidável.